segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O saci, faz parte de nosso patrimônio cultural.



SACI PERERÊ

Oi, eu sou o Saci Pererê e pra me encontrar na floresta é só procurar um gorro vermelho pulando no meio da mata. O Tio Barnabé do Sítio do Pica Pau Amarelo me chama de Diabinho de uma perna só. Eu só tenho uma perna mesmo, mas não sou um diabinho. Tá certo que eu sou bagunceiro e vivo arrumando confusão por onde eu passo.

Eu gosto de azedar o leite, quebrar pontas de agulhas, esconder coisas, embaraçar novelos de lã, jogar mosca na sopa dos outros, queimar o feijão que está no forno, o bolo no fogão, ficar gorando a galinha botando ovo, puxar o rabo do porco, fazer barulho no bambuzal, correr atrás do gado a noite e provocar cachorro é o que eu mais gosto de fazer. Eles latem e fazem o maior barulho.

Eu, como todo Saci me divirto fazendo maldade, mas não maldade grande e feia. Maldadezinha das pequenas. Eu vou de um lado pro outro num redemoinho de vento. É assim que eu me locomovo e pra me pegar só com peneira. É. Uma peneira e eu já era. Fico preso, mas posso fugir. Agora, se tirarem o meu gorro e me prenderem dentro de uma garrafa daí eu não tenho como fugir e a pessoa que me prender vira meu dono. Até hoje ninguém me pegou não.

Eu não sou só bagunceiro. Eu conheço muito bem a floresta. Tão, tão bem que entendo tudo de ervas e sei fazer um montão de tipos de chá. Além deles serem gostosos, ajudam na cura de doenças. Os sacis são bons com ervas. É um segredo de família e nenhum saci pode contar pra ninguém.

Dia 31 de outubro comemoram o dia do Saci. É, eu sou importante. Nós Sacis somos tão famosos que tem até gente criando a gente em fazendas por aí. Acredita?


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